Estive à conversa com a querida Nair Xavier. A mais nova menina dos meus olhos no mundo da moda. Saibam mais sobre ela...

      Com que idade descobriu o seu talento ?

     Não me lembro de uma idade específica. Desde muito pequena que dizia que o meu sonho era ser estilista e desenhava nas paredes de casa, cadernos, livros, etc.

      Onde e como tudo começou ?

Aos 14 anos, inscrevi-me no curso de Estilismo Industrial na Escola Profissional Magestil, actual Escola de Moda de Lisboa. Completei o curso com equivalência ao secundário e um ano depois entrei no London College of Fashion na Univerdidade de Artes de Londres, onde me especializei em vestuário masculino.

 Como classifica as suas obras?

Modernas, vanguardistas e conceptuais.

Qual tem sido o seu público alvo ?

Quando faço trabalhos independentes prefiro não pensar num público específico. Procuro desenvolver algo que seja do gosto comum e que possa ser adaptado individualmente, independentemente da idade ou género. No meu caso, ter um público-alvo limita a minha imaginação, então prefiro não colocar esse tipo de barreiras para deixar a criatividade fluir. Prefiro deixar que o se público defina por si mesmo. 

 O que considera fulcral no mundo da moda, não só para quem cria mas para quem compra?

O conhecimento do corpo. Cada pessoa deve conhecer a sua anatomia e ter noção daquilo que pode ou não adaptar ao seu corpo. Quem cria tem a liberdade e a criatividade, mas também deve ser conhecedor das diferentes fisionomias, e como trabalhá-las. O conhecimento do mercado onde se está inserido e da fisionomia desse mercado também é fundamental.

      Qual tem sido o feedback do público?

Muito positivo. Pedem sempre para ver mais. Puxam muito por mim.   

      Acredita que as suas obras terão a mesma aceitação em África assim como teve na Europa?

O mundo está em constante evolução, e se antigamente a informação e as tendências levavam muito tempo para chegar a África, hoje em dia é muito diferente. As fontes de informação estão cada vez mais disponíveis, evoluídas e abertas a todo o tipo de público. Acho que a aceitação será a mesma, porém com pequenas alterações. A nível de confecção, de matérias, e de funcionamento. Por exemplo alguns designs para funcionarem nos dois continentes teriam de ser adaptados para que respondam às diferenças sociais, climáticas etc. 
 O que se pode esperar mais de Nair Xavier?

Criatividade e inovação é o que posso prometer ao público.

Quais são os seus icones da Moda?

Raf Simons, Jil Sander, Calvin Klein, são os criadores que mais admiro. Mas nada é eterno no mundo da moda. A evolução é certa assim como a mudança de gostos e de influências.

      Numa escala de 0 a 10 como se classifica enquanto criadora?

Eu encaro a moda como uma arte, e acho que a arte não deve nem tem como ser classificada em escalas. Apenas posso dizer que estou no início da minha experiência profissional, e que todos os dias aprendo algo de novo. Ainda tenho um longo caminho a percorrer.

 

PRODUÇÕES DE NAIR XAVIER 

      Sessão fotográfica em Lisboa/ Portugal
      Designer e Styling by Nair Xavier

 

 

 

Muitíssimo obrigado pela entrevista Nair Xavier :) és grande e vais longe. Sou realmente suspeita para fazer elogios tão precisos, porque já nos conhecemos e não é de agora, mas desde sempre acompanhei a tua carreira mesmo por alto e sempre soube que farias coisas lindíssimas acontecer. Eis a prova. Parabéns... o Styling by Gabriela Trindade vai seguir-te sempre. Kiss kiss dear.

G.T